terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Speachless.


Ontem quando o fui buscar, estava na aula de Ginástica.
Entrei no Pavilhão, e fiquei a observá-lo à distância.
Estava integrado, participativo mas parecia-me triste.
Assim que me viu, disse-me ao longe:
"Tu és má!"
Enquanto se esforçava por não chorar.
Continuou a aula até ao fim.
Quando terminou, não saiu do "comboio" de regresso à sala,
e só à porta da dita, me abraçou.
Na sala esperavam por ele os 4 "matulões laranja",
que um a um e a sobreporem-se uns aos outros, me gritavam:
"O Martim é o meu melhor amigo!"
E, a educadora lá me contextualizou:
Desde que o Martim entrou para a Sala Laranja, que os mais "crescidos" disputam a amizade e atenção do Martim, pelos vistos a coisa é tão intensa que chegam a pedir para contar os minutos [?] que cada um passa com ele.
Protegem-no e mantêm-no debaixo da asa deles.
Ajudam-no nas actividades mais autónomas [lavar os dentes,etc] e brincam com ele.
Já me tinha apercebido, mas ontem foi flagrante.
Uma das auxiliares chamou-me, para me entregar um presente.
?
Um dos tais meninos, tinha levado um miminho para o Martim.
E lá lhe entregou todo orgulhoso, uma rena feita por ele e pela mãe [na imagem] e um chupa.
Fiquei perplexa.
Um gesto tão simples ,mas que me marcou profundamente.
Não há maior genuídade de sentimentos que esta.

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